ISOLA MENT

A insularidade que faz de si própria um casulo, que de prisão ultrapassa muito e longe, a prisão tem sempre um tempo de saída, a ilha é eterna, faz-se eterna. Até a própria mente uma vã detentora da alma recusa-se a abrir à luz do dia, fecha-se então numa eterna escuridão, numa procura inacessível para uma alma que se dá ao profundo trabalho de permanecer nessa imensa escuridão, quando as próprias montanhas fazem de si a própria prisão e que o mar a quem se esperava a fluidez da ida e do regresso, a quem se esperava a fluidez da chegada e da partida, faz-se em bloco, um bloco maciço, intransponível, inavegável. São 3 as gotinhas de água que não vieram trazer a Luz, são 7 as ondas do mar que fez-nos partir, fechar portas e janelas, encerrar, suspender vidas, enterrar esperanças. Isolar-se da ilha, isolar-se dos seus, isolar-se de si!​